Qual o limite da tensão, da raiva e da adrenalina uma pessoa pode ser levada? Essa pergunta permeou todos os quarenta e três minutos do season finale de The Walking Dead. O episódo recheado de incertezas e reviravoltas mostrou que Robert Kirkman guarda o melhor para o final. Na intenção de atiçar a curiosidade e a ansiedade dos fãs para a quinta temporada.
Já nos primeiros minutos do episódio é mostrado um flashback da prisão com Hershel Greene aconselhando Rick. A cena seguinte mostra Rick aparentemente lembrando-se dos conselhos do mentor, morto pelo Governador na mid-season finale.
As cenas seguintes focam em Rick, Michonne e Carl no caminho para o terminal. Em uma das cenas os três estão em uma clareira onde pararam para descansar, Rick decide ensinar o filho e a espadachim a criar armadilhas para capturar animais que servem de alimento.
Neste instante o pequeno grupo ouve o grito de um homem. Carl corre, desobedecendo a ordem de Rick, o grupo testemunha um homem cercado por uma horda de zumbis, Carl propõe que o pai e Michonne ajudem, porém é tarde e o homem acaba morto pela horda. O grupo acaba por chamar atenção dos errantes e precisa fugir rapidamente.
Após assentar-se em outra clareira Carl descansa no que sobrou de uma picape enquanto Rick e Michonne têm uma conversa sobre alimento e traços emocionais transcendem a cena refletindo a ligação familiar entre os dois. A paz é rompida quando o grupo de Joe encontra Rick e decide acertar as contas pela morte de Lou.
Os capangas de Joe capturam Carl e Michonne e decretam a Rick que abusaram do filho e da amiga. Neste momento Daryl aparece para interceder pelo parceiro. Porém Joe decide que Daryl também é culpado e que está mentindo sobre Rick ser uma boa pessoa.
Os comparsas de Joe agridem Daryl enquanto o próprio Joe mantém uma arma apontada para Rick. Outro mantém Michonne presa enquanto um terceiro captura e tenta abusar de Carl.
Esta cena mostra a capacidade humana mediante à situações de risco. E reflete exatamente toda a selvageria que está escondida por trás de todo a educação social de cada um. Rick, impelido pela raiva por ver seu filho em perigo, perde a noção de si próprio e mata Joe com uma mordida na carótida. Sim! Rick Grimes mata seu adversário como um zumbi o mataria. E deixa no ar o questionamento: Até que ponto somos civilizados em perigo?
Após a morte de Joe, Michonne e Daryl reagem matando os remanescentes. Apenas aquele que tentou abusar de Carl sobrevive para que Rick pronuncie sua primeira frase emblemática: “Ele é meu!” Rick mata o capanga de Joe friamente.
Outra cena que chama muita atenção é a do dia seguinte ao ataque quando Daryl relata o que passou ao lado de Beth a Rick e o líder do grupo que vivia na prisão conclui a cena dizendo: “Você é meu irmão!” O episódio mostrou que o grupo de protagonistas tem uma relação muito maior do que apenas manterem-se vivos. Eles gostam uns dos outros, é uma família.
O grupo continua as buscas e finalmente encontra o misterioso Terminal. Rick em uma atitude estratégica esconde a maioria das armas do grupo e decide não entrar pela porta da frente mas pula a cerca e vai até a sala de transmissão conhecer o grupo que aparentemente lhes dariam abrigo.
Após um dialogo de reconhecimento um dos integrantes leva Rick, Carl, Michonne e Daryl para conhecer o local aparentemente agradável. Porém, algo estava errado. Um dos homens utilizava uma roupa de proteção da policia, outro um poncho e o guia do grupo estava com um relógio de bolso, sim, o relógio de Hershel.
Rick faz o adversário de refém para saber onde está o resto de seu grupo, porém sem sucesso o clima esquenta e o pequeno grupo de Rick se vê na necessidade de atacar e fugir. Cercados e em menor número os quatro são obrigados a entrar em um vagão de trem que é utilizado como cela, e lá encontram o restante dos amigos.
Esta cena foi sinceramente o maior ápice da história de The Walking Dead e realmente arrebatou fãs criando uma expectativa enorme para a quinta temporada. Porque definitivamente o grupo do terminal mexeu com as pessoas erradas.