Um homem, negro, livre, violinista, marido, pai de dois filhos, é sequestrado e levado à escravidão após ser iludido por promessas de grandeza e fama por homens mal intencionados. Em resumo este é o enredo de Doze Anos de Escravidão, drama dirigido por Steve Mcqueen.
O ator Chiwetel Eifor é Solomon Northup, um escravo liberto que vive com sua família, mas após aceitar um trabalho de violinista em um circo itinerante ele acaba acorrentado e vendido como um escravo fugitivo da Geórgia chamado Platt.
Após ser comprado por Ford (Benedict Cumberbath), Solomon passa a viver em cativeiro e mostra-se um empregado exemplar, o que causa problemas com outros funcionários de seu senhor. Para evitar a morte de Solomon/Platt, Ford se vê forçado a vendê-lo para Edwin Epps (Michael Fassbender) que se demonstra muito mais rigoroso com os serviçais.
A história de Solomon/Platt realmente é intrigante e digna de colocar emocionais em erupção durante o filme, porém o destaque do filme é a escrava Patsey (Lupita Nyong’o) que consegue trazer lágrimas ao público ao retratar a dor de uma pessoa que sofre a dor da escravidão e da falta de esperança.
Patsey é o retrato da negra abusada pelo senhor e odiada pela senhora a ponto de em determinado momento suplicar ao amigo Platt/Solomon que lhe tire a vida para que possa encontrar, pelo menos no descanso da morte, a paz.
O filme é encharcado de cenas marcantes principalmente no que diz respeito às aparições de Patsey. Em um dos momentos a negra, já amarrada ao tronco para ser açoitada, por ter ido a casa de outro senhor pedir um sabonete para tomar banho, pelo senhor Epps, suplica ao amigo Platt que faça o trabalho de açoitá-la. Platt relutante acaba cedendo e desfere as chibatadas em sua amiga de senzala em uma cena que retrata toda a dor dos escravos não somente americanos.
Doze anos de escravidão é mais do que um filme sobre escravos é um retrato da ignorância de muitos humanos ao acreditarem ser uma raça superior a própria espécie.